Nota do editor: esta reportagem foi produzida em fevereiro de 2020, antes da adoção de medidas de distanciamento social.
“Esta aqui é dragoeira [Croton lechleri]. Sua seiva é conhecida como o sangue do dragão e serve de remédio para dores de estômago, úlcera, infecção e até para o câncer”, explica Francisco Chico Brito, conhecido como Chico Preto, seringueiro e um dos 400 moradores da Reserva Extrativista (Resex) Guariba-Roosevelt, no extremo norte de Mato Grosso. Ele aponta para sua árvore preferida com entusiasmo de um menino – apesar de seus 52 anos – enquanto caminha numa porção de floresta ombrófila densa – fitofisionomia onde estão os bosques das grandes árvores amazônicas.
O tronco escuro sangra a resina vermelha enquanto Chico agilmente talha na casca um V, a marca dos seringueiros, para escoar o líquido. Ele extrai a seiva da dragoeira sem precisar derrubar a árvore, mas lamenta poucos reconhecerem a riqueza que brota entre os seus dedos. “Fico triste, são poucos os compradores agora”, me conta. “Um moço de Manaus chegou aqui e levou litros do sangue ano passado, mas este ano eu quase não vendi, apenas para o pessoal da Resex, que usa o sangue como remédio.”
Enquanto o possível medicamento permanece como um dos muitos segredos da ameaçada Amazônia, estudos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) apontam as propriedades medicinais da resina. Segundo um artigo do pesquisador Kaoru Yuyama, que buscou domesticar a espécie para o plantio comercial, o sangue do dragão apresenta um alcaloide chamado taspina, reconhecido por propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes, e também por agir como antibiótico e antiviral natural.
Sobre a possibilidade de produção em larga escala, o Inpa chegou as mesmas conclusões dos povos da floresta. Apesar de ser possível o plantio em áreas sombreadas, a dragoeira desenvolve-se melhor em áreas naturais, em contato com solos enriquecidos pelas matas. A mesma necessidade de grandes extensões de floresta intacta interfere na produção das 11 espécies de seringueira existentes na Amazônia Brasileira, segundo levantamento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Chico Preto é conhecido na região como um dos maiores conhecedores da flora do rio Roosevelt. “A seringueira-preta dá o leite o ano todo, inclusive na seca. Já a branca tem período pra sangra entre maio a novembro, gosta mais das margens dos rios e precisa de uma pausa em agosto”, diz, enquanto mostra uma das mais antigas árvores que já conheceu, quase à beira do rio Roosevelt. Entre as muitas espécies dentro da Resex, há o que os extrativistas chamam de cauchu (árvore-da-borracha, Hevea brasiliensis)e a copaíba (Copaifera officinalis).
Os seringueiros vivem entre os afluentes esquerdos do rio Madeira e a bacia do Alto Tapajós há mais de 120 anos. A região é uma das menos estudadas da Amazônia e guarda os últimos remanescentes contínuos de floresta de Mato Grosso. O rio Roosevelt recebeu esse nome diretamente do presidente americano Theodoro Roosevelt, após uma expedição para mapear o curso d’água ente 1913 e 1914. A aventura, liderada pelo então coronel Candido Mariano Rondon, foi um dos primeiros levantamentos científicos dessa porção da Amazônia – até então intocada por nossa civilização e território dos povos mondé, como os cinta-larga.
Da viagem de Roosevelt e Rondon surgiram estudos inéditos de fauna e uma importante coleção que integra hoje o acervo do Museu de História Natural de Nova York. Inúmeras espécies de flora e fauna foram catalogadas pela primeira vez. “Ficou acertado que a Expedição Roosevelt estudaria a fauna daquela região e dela forneceria exemplares ao Museu de História Natural de Nova York, particularmente interessado em coleções provindas das regiões divisoras das bacias do Amazonas e Paraguai”, revelou Candido Rondon em seu livro de memórias Rondon Conta a Sua Vida, de 1956.
Durante os preparativos da viagem, ainda em Nova York, foi definido que dois cientistas americanos acompanhariam o ex-presidente Theodoro Roosevelt. Seguiram pelas matas ainda intocadas de Rondônia e Mato Grosso George Kruck Cherrie (1865-1946), especialista em aves, e Leo Edward Miller (1887-1952), interessado em mamíferos.
Pesquisadores brasileiros também participaram. Eusébio de Oliveira, por exemplo, foi o primeiro a fazer um levantamento geológico da região – reconhecida como uma das maiores províncias de ouro e diamantes do Brasil. Já o tenente João Salestiano Lira, famoso por registros audiovisuais etnográficos dos povos da Amazônia, ocupou-se, além das imagens, do levantamento astronômico. O tenente Júlio Caetano Horta Barbosa acompanhou o filho do ex-presidente americano, Kermit Roosevelt, nos levantamentos cartográficos.
Parte das coletas também foi para a coleção do Museu Nacional do Rio de Janeiro. O material foi um dos poucos que resistiu ao incêndio que destruiu o acervo da instituição em 2018. Embora não esteja quantificado o número de exemplares enviados para o Rio de Janeiro, Cherrie e Miller coletaram mais de 2,5 mil aves e cerca de 450 mamíferos, além de répteis, anfíbios e peixes, incluindo registros de novas espécies.
Entre a aves descritas por Cherrie, com base em material obtido no setor brasileiro, destacam-se: o coletor de folhagem (Philydor erythrocercus lyra, batizado em homenagem ao tenente que morreu afogado no rio Sepotuba), a espineta-de-garganta-castanha (Synallaxis c. Cherriei) e o andorinhão da Amazônia (Chaetura chapmani viridipennis). Esta última é tão importante para a região que se tornou símbolo de um dos saltos mais belos da floresta: a cachoeiras das Andorinhas, em Aripuanã (MT).
O complexo de quedas de mais de 300 metros de largura é um dos muitos espetáculos reservados aos viajantes que percorrem os 1,2 mil quilômetros entre a capital Cuiabá e Aripuanã. Durante as chuvas, os saltos criam uma pulsão única de neblina d’água, que protege os ninhos dos andorinhões construídos nas pedras das cachoeiras. Hoje, a região próxima aos saltos foi alterada por inúmeros projetos de geração de energia construídos no decorrer de quinze anos. Outro impacto recente foi a chegada da Nexa, mineradora do grupo Votorantim que ocupou uma área próxima a um antigo buritizal, nas cabeceiras da cachoeira, para instalar alojamentos para a exploração de zinco e cobre.
Apesar dos impactos e da degradação visual ainda há muitas riquezas e mistérios naturais. “Essa cachoeira em 1997 era uma coisa incrível”, relembra Miguel Trefaut Rodrigues, pesquisador de zoologia da Universidade de São Paulo (USP). O cientista visitou a região após a relocação da cidade de Aripuanã, em 1966, em busca de uma das espécies mais raras de repteis da Amazônia, o lagarto-papa-vento (Anolis phyllorhinus).
“É um bicho incrível, tem tipo uma membrana no nariz e um papo vermelho. É endêmico desta região, como muitas das espécies dessa bacia entre o Tapajós e Madeira que tem se mostrado um grande ponto de biodiversidade único”, diz o cientista que chegou a conhecer as últimas instalações do Projeto Humboldt, uma iniciativa planejada em parceria entre o Museu Emílio Goeldi, Inpa e Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) para criar uma cidade laboratório no município de Aripuanã.
A região seria palco de um projeto inédito de desenvolvimento sustentável da Amazônia. Apoiado em uma proposta do economista Pedro Paulo Lomba, foi construída o Núcleo Pioneiro de Humboldt (Projeto Aripuanã). O empreendimento durou 21 anos e atraiu a imprensa nacional e internacional, com artigo publicado na revista Time e documentação visual do cineasta Nelson Pereira Dos Santos. Mas, ainda na década de 1970, os idealizadores do projeto começam a contestar a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), que pretendia construir a MT-174, cortando todo o território do povo cinta-larga. Foi o estopim para o projeto cair em decadência. A falta de estradas e doenças tropicais somaram-se aos problemas com a Sudeco. Os sonhadores foram derrotados.
“A segunda grande crise mundial do petróleo atingiu o coração dos projetos de longa distância, como era o caso de projeto Aripuanã e das grandes rodovias que interligavam essa região”, explicou o médico aposentado, primeiro reitor da UFMT e um dos idealizadores do projeto Gabriel Novis Neves. “Era para ser a base de Mato Grosso, hoje virou outra coisa com agronegócio apenas”.
Perda de riquezas
A região do Roosevelt continua um mistério para a ciência, mas, apesar das riquezas naturais, está cada vez mais ameaçada. O sistema Prodes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) aponta que, depois do estado do Pará, os remanescentes de floresta entre Mato Grosso e Rondônia lideram as derrubadas. Ali está a segunda fronteira do desmatamento da Amazônia Legal.
Em 2019, cidades como Colniza, Aripuanã (em Mato Grosso), Porto Velho e Machadinho do Oeste (em Rondônia) apareceram no topo do ranking do desmatamento. Essas também são as áreas com maior área de destruição acumulada entre 1989 e 2019. Nesse período, Colniza acumulou 1.825 km² e Porto Velho, 3.213 km², de área desmatada. “Regiões que não foram estudadas estão sendo perdidas muito rapidamente. Eu lembro de Aripuanã em 1997. Quando cheguei lá as fazendas estavam do outro lado do rio”, diz Miguel Trefaut Rodrigues, da USP. “Um ano e meio depois praticamente não tinha mais nada em um raio de 50 quilômetros.”
Ao navegarmos pelo rio Roosevelt entre Mato Grosso e o Amazonas, é possível perceber a linha de perigo traçada pelo desmatamento. De um lado do rio está a floresta, já bem alterada pela ação das madeireiras, do outro, no que resta de mata, podemos reconhecer o canto de espécies endêmicas, como o zogue-zogue-rabo-de-fogo (Callicebus miltoni). O primata foi descrito pelo mastozoólogo Julio Dalponte em 2010 e identificado pelo pesquisador José de Souza e Silva, do Museu Emílio Goeldi, como uma espécie de ocorrência endêmica do interflúvio dos rios Roosevelt e Aripuanã. Os raros grupos do primata são facilmente identificados pelo barqueiro Edvaldo Moura dos Santos, conhecido como Seu Baixinho.
Ele nos conduz entre a última colocação da Resex Guariba-Roosevelt e os limites do Parque Nacional do Juma. Depois de meia hora navegando, avistamos dois grupos de zogue-zogue-rabo-de-fogo próximos ao rápido Infernão – uma das últimas sequências de cachoeiras intransponíveis do rio que Rondon e Roosevelt percorreram em 1914.
Seu Baixinho é um ex-seringueiro da Resex e guarda na memória as primeiras derrubadas. Para ele, as invasões tornaram-se mais frequentes com a chegada dos colonizadores na década de 1970 e o fim do período áureo da seringa – em 1990. “Desde que chegaram, eles invadem mesmo, não podemos fazer nada, pois temos muito medo de sermos ameaçados. Nós vemos, mas nos calamos. Eles só poupam quando veem que é uma colocação”, lamenta.
Fora dos limites da Resex, as poucas áreas de matas ciliares intactas pertencem a Pousada Roosevelt, erguida às margens do rápido do Infernão. “Antes aqui era um barracão de compra de borracha. Vínhamos vender a produção e comprar mantimento”, diz Baixinho, apontado para a trilha às margens do rio. O local abrigou a primeira sede do município de Aripuanã, entre 1944 e 1966, mas foi abandonado após a administração da região ser transferida para perto da cachoeira das Andorinhas.
Ao longo da trilha é possível ver as ruínas do barracão e uma seringueira centenária gigante, ainda marcada pelos piques dos extrativistas. Placas de sinalização para turistas nos levam até um complexo de bangalôs de luxo. O local é ponto disputado por hóspedes – a maioria estrangeiros – interessados em pescar e contemplar a riqueza da fauna local. Para acessar a pousada, os visitantes chegam de avião. A praia de areia branca contrastada com águas negras-amareladas do rio Roosevelt e a sequência de rápidos ao fundo criam uma paisagem inesquecível e desfrutada por poucos.
À primeira vista, a força das águas do rápido Infernão não parece ser tão perigosa quanto descrita por Theodoro Roosevelt em 1914. Mas, em pouco minutos, a primeira experiência de navegar próximo a sequência de cachoeiras revela-se apavorante. Redemoinhos se formam em todas as direções da embarcação, que aos poucos vai perdendo a estabilidade e começa a trepidar para todos os lados. Ondas de até um metro surgem inesperadamente entre as pedras. Fica clara a razão do nome Infernão.
Seu Baixinho ri e diverte-se com o pavor dos passageiros. Para ele, passar por ali já foi rotina. “Era mais fácil descer aqui com a borracha do que puxar pelo chão. A gente sempre conseguiu vencer o rio”, gaba-se o extrativista, um gigante no rio, mas que tem a mesma altura da maioria dos moradores da região, menos de 1,60 m.
Ele conta que seu maior desgosto foi ter que abandonar a vida de seringueiro para tornar-se barqueiro. “O preço acabou depois do [presidente Fernando] Collor [1990-1992]. Ninguém mais subia o rio para comprar borracha e tive que ir trabalhar no turismo e agora com a escola”, conta ele. “Mas preferiria cortar seringa. Tendo preço, dá para tirar R$ 1 mil por mês ou até mais. Ainda não tem valor bom, está melhorando, mas ainda é pouquinho.”
Luta antiga
A valorização dos produtos da floresta é um sonho dos extrativistas desde a época do líder Chico Mendes, assassinado em 1988 por defender a preservação e os povos da floresta.“Cortava seringa. No inverno [época das chuvas], cortava castanha-do-Brasil e também trabalhava o caucho”, me contou diz Osvaldo Araújo dos Santos, Seu Vavá, um dos extrativistas mais antigos da Resex. “Foi assim que eu criei meus filhos. Hoje, só restaram três filhas aqui perto, agora quase não dá para mais viver assim.”
A falta de compradores para o látex e as dificuldades em escoar a produção de castanha-do-brasil são problemas ainda sem solução. Até 2017, a fábrica francesa de pneus Michelin comprava a borracha da Resex. Porém, a empresa vendeu a planta regional para o grupo Amaggi e os contratos de compras foram desfeitos. Os seringueiros voltaram a depender de atravessadores que chegam à região pelo rio Roosevelt, como há 100 anos.
“Um caminho para que eles não desistam da produção é a comercialização através do programa do preço mínimo da borracha”, explica Everaldo Dutra, que integrava, até janeiro de 2020, o projeto Pacto das Águas, patrocinado pela Petrobras e que apoiava, entre outras ações, as associações dos extrativistas na comercialização de seus produtos. O projeto segue suspenso, aguardando uma definição por parte do governo federal.
A Amaggi afirmou que modificou a vocação da antiga área de seringa da Michelin, hoje com grãos. Segundo nota da assessoria, “a AMAGGI não adquiriu a planta da Michelin, mas apenas a área agrícola na região de Itiquira (MT) – atualmente, Fazenda SM3-B – que se dedicava à produção de seringa. Após a aquisição, a AMAGGI modificou a vocação da unidade, transformando-a em uma unidade dedicada à produção de grãos”.
Protetores da Floresta
Mesmo sem compradores formais para seus produtos, os seringueiros que resistem entre os rios Aripuanã, Guariba e Roosevelt tornaram-se os grandes protetores das matas. “Enquanto estão nas colocações fazendo os caminhos da seringa e coletando castanha, eles inibem a entrada de frentes de devastação”, explica Mary Allegretti, antropóloga que em 1980 apoiou Chico Mendes na fundação dos primeiros projetos de assentamentos e reservas extrativistas da Amazônia.
“Foi preciso fazer uma associação dos extrativistas para que conseguíssemos vencer a invasão dos grileiros, antes mesmo de existir a reserva. Mas só ficou mais seguro para as famílias com a Resex”, explica o extrativista Carlos Augusto de Oliveira, Seu Cabelo. “Hoje, a castanha-do-brasil é o que nos salva”, afirma, mostrando um grande galpão com o estoque de todos seringueiros da Resex Guariba-Roosevelt armazenado em pilhas de sacas de 60 kg.
Um dos coordenadores da Associação Pacto das Águas, Emerson de Oliveira Jesus, que presta apoio aos seringueiros da Resex, explica que a iniciativa surgiu para dar suporte a associação dos seringueiros. “Hoje, todos os seringais e castanhais da Resex foram mapeados e houve o fortalecimento das associações de extrativistas do rio Guariba e do rio Roosevelt”, diz Emerson, que também tem família dentro da Resex.
Enquanto ajuda alguns seringueiros a carregarem três toneladas de borracha em um dos veículos da associação, Emerson fala dos resultados de quatro anos de trabalho. “Foram três safras de borracha – só no Roosevelt isso rendeu 37 ton. A castanha-do-brasil rendeu 139 ton”, diz. “Isso muda a vida de quem está lá dentro, que volta a ter renda com os ativos da floresta em pé.”
O dinheiro produzido com a seringa e a castanha é o principal fator que mantem os seringueiros na região. “Para as comunidades tradicionais, a garantia da venda de seus produtos dá mais dignidade a quem está há anos às margens do estado. Esses recursos são fundamentais para as famílias continuarem onde nasceram e cresceram, protegendo a floresta”, diz Emerson. “O melhor resultado é ver que os preços começam a ficar melhor e mais justos. A castanha-do-brasil antes era vendida a R$ 0,50. Hoje, chega até a R$ 3.”
Os números mostram que é possível viver dos produtos da floresta. “Nossa vida foi dura, mas criei todos os meus dez filhos aqui, trabalhando de cortar seringa, quebrar castanha e pescar. Todos eles cresceram com barriguinha cheia”, diz Francisca Chagas Constança, que vive na colocação Basto, no rio Guariba. “Para mim a maior alegria é voltar a fazer os caminhos da seringa, ela [a seringueira] é a nossa mãe de leite da floresta.”
Apesar de todas as dificuldades, a antropóloga Mary Allegrete enfatiza pontos positivos na luta pela valorização das comunidades de seringueiros e coletores. “Sei que os obstáculos são imensos e que parece pouco, mas todas as áreas extrativistas que conseguimos criar desde 1980, associada às terras indígenas, respondem por até 20% do que está preservado nas florestas. E os levantamentos de satélite comprovam essa proteção”, diz.
A antropóloga afirma que o futuro depende da valorização dos povos da floresta. “O elo com a floresta tem a ver com pertencimento e criação, e os extrativistas têm isso na essência. A Floresta Amazônica é a casa deles e também, hoje, uma das regiões mais importantes do mundo”, diz ela. “Como não valorizar uma conexão verdadeira e tão essencial nesse atual contexto de mudanças climáticas? Precisamos ajudá-los para garantirmos um futuro livre de desmatamento.”