WHERE WE REPORT


What is happening in the heart of South America where the Amazon forest and Cerrado biomes meet? There are reports that the earth has been laid bare by deforestation to expand large scale agribusiness. The water has been contaminated. Fires have raged and the air is poisoned. Destruction has been going on for years.

On 1st March 2006 the journalist Mara Régia was on her way to Lucas do Rio Verde, in Mato Grosso—one of the biggest world centres of mechanised farming—to give a workshop on fighting deforestation, fires, and the preparation of medicinal herb gardens. She arrived in time to witness the tragedy caused by a plane that was spraying poison over the region and killed all the plants. The terrible events were denounced to the authorities, stories were written, and scientific studies on the consequences were published years later, including one on the contamination of maternal milk by pesticides.

This year, 2019, when a record number of pesticides has been authorised for use in Brazil, the same journalist who witnessed the tragedy in Lucas and so many other environmental crimes during her more than 30 years covering the subject, proposed to return to the region and interview residents and scientists about the new mass murder of bees caused by the indiscriminate use of pesticides in these two areas, Amazon and Cerrado. The reports, consisting of text, audio, and video, will be produced by a team under the coordination of Mara Régia with the support of two researchers, who are a journalist and an environmental scientist, and will be transmitted by the radios EBC-Empresa Brasil de Comunicaçao; Brasil FM SP, Rádio USP, and likely Rádio Cultura FM SP.

O que acontece no coração da América do Sul, onde os Biomas Cerrado e Floresta Amazônica se encontram? Há registros de que o seio da terra foi desnudo pelo desmatamento em nome da expansão agropecuária em grande escala. A água contaminada. O fogo foi criminoso e o ar envenenado. E lá se vão anos de devastação. Em 01 de março de 2006, a jornalista Mara Régia, estava a caminho de Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso – um dos maiores polos do agronegócio mundial, para ministrar uma oficina sobre combate ao desmatamento, queimadas e construção de hortas medicinais. Chegou a tempo de testemunhar a tragédia provocada por um avião que despejou veneno sobre a região e imediatamente matou todas as plantas. A triste história virou denúncia de lideranças às autoridades, virou grandes reportagens e estudos científicos sobre as consequências anos depois, inclusive como a contaminação no leite materno por agrotóxicos.

Neste ano de 2019, quando aconteceu no Brasil uma liberação recorde de uso de agrotóxicos no Brasil, a mesma profissional que testemunhou a tragédia de Lucas e tantos outros crimes ambientais em mais de 30 anos dedicados ao tema ambiental, propõe voltar ao cenário e colher depoimentos de quem vive na região sobre a nova matança por envenenamento das abelhas e ouvir cientistas sobre os efeitos estes dois biomas centrais da América do Sul – o Cerrado e a Amazônia. A série de reportagem (escrita e em áudio e vídeo) será produzida por uma equipe coordenada por Mara Régia com o apoio de duas pesquisadoras (jornalista e cientista ambiental) e será veiculada nas emissoras da EBC- Empresa Brasil de Comunicaçao; Brasil FM SP , Rádio USP e provavelmente Rádio Cultura FM SP.

No momento em que o governo brasileiro libera o uso de 325 agrotóxicos, a cidade de Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso (Amazônia Legal), que em 2006 ficou conhecida mundialmente por ter sido vítima de uma pulverização de Paraquat (um dos venenos mais danosos para a saúde humana), expõe os efeitos nefastos desse crime ambiental em sua população. Além da grande incidência de câncer na população, da falência de várias culturas da produção familiar, o extermínio das abelhas é o que mais chama a atenção e está a exigir uma investigação urgente. Desde junho deste ano vem preocupando apicultores da região, não apenas valor comercial da produção, mas principalmente o impacto que essa mortandade poderá ter em toda uma cadeia produtiva que depende da polinização feita por abelhas. Nessa reportagem queremos aprofundar as razões de toda essa devastação num estado que está no limite de sua sobrevivência agrícolas.